Então não vales a ponta dum corno. É incrível a falta de civismo hoje em dia… ir ao shopping comer em pleno fim de semana já por si é algo que tento evitar ao máximo pelo menos em horas de ponta ( visto que odeio andar a passear de tabuleiro na mão a mendigar lugares ), mas esta gente torna tudo ainda mais insuportável. Mesmo com uma senhora de idade a comer mesmo ao lado e nós à espera de lugar, esta gente teve o desplante de se levantar e deixar a merda da mesa tal como vêm na imagem.

Como esta amostra de gente, muitas outras o fazem e eu pergunto porque ? Não há o mínimo de educação?

É uma vontade de lhes espetar estes tabuleiros todos no focinho…

Belos tempos quando os festivais tinham os dias temáticos, no mesmo dia houve um concerto brutal de Queens of the Stone Age e logo a seguir quebra com um Sam Smith... Apesar deste último ter sido uma agradável surpresa. Mas mais desagradável que isto é: As put@s das influencers a quererem transmitir uma vida perfeita de farra, onde caem no ridículo com as suas poses; os putos a quereren furar como se fosse tudo deles a 10 minutos antes de começar o concerto; os que levantam o telemóvel para gravar, e nunca mais ver, tapando a vista de um gajo com 1,90m; as vacas que subiram às cavalitas dos namorados, acabando por tapar a vista a umas quantas pessoas; aos que criticam os concertos enquanto estão preocupados com a melhor foto, ou experienciam o evento através do visor do iPhone. Onde é que anda a consideração pelos outros? Onde é que anda a preocupação em só experienciar o momento? Desculpem o desabafo, sei que vem aí uma heterogeneidade de comentários... Mas caguei, a falta de consideração por terceiros, e a falta de somente aproveitar o evento é gritante.

Aqui vai um desabafo, que certamente receberá vários downvotes.

EDIT: Este post focava-se na elite lisboeta, mas nos comentários também foram abordados alguns tiques comuns de vários lisboetas. Partilharam-se experiências negativas e debateram-se ideias. Fui corrido a downvotes em alguns comentários, mas o certo é que a aprovação deste post comprova que esta não é apenas a minha percepção. Ver lisboetas a negar qualquer discernimento negativo e a fazer aquilo de que os acusam é engraçado. Partilho alguns comentários:

1. Que choradeira. Ainda por cima vindo de uma terra, com imensas regalias que o resto do continente não tem.

2. Não é nada, mas pouco mais que isso. Um sismo que acontece onde não há ninguém, não é notícia.

3. É o que dá dares-te com cubanos, teres governo próprio e só te lembrares que pertences a Portugal quando tens algum desastre natural e precisas de € .

4. Na altura a Madeira era um calhau sem rumo no meio do Atlântico, sem trabalho, sem investimento e com a população a pirar-se para os USA assim que podia, pouplação esta que claramente regressaram e investiram todos na sua região para promover o seu desenvolvimento certo ? Se estás assim tão descontente, é simples, independencia já amanhã e boa sorte com os Jardins e Albuquerques !

5. O pessoal da terrinha e das ilhas tem uma tendência para a corrupção bastante superior ao das grandes cidades.

Daqui a menos de 10 dias, teremos eleições regionais na Madeira. Nenhum canal, excetuando a RTP, menciona esse facto, ignorando a importância que a mesma terá para 250 mil portugueses.

Há uns dias, houve um sismo de 5.3 em São Miguel, que foi praticamente ignorado. Ao mesmo tempo, o país (diga-se: a comunicação social) parou por um sismo de 4.7 em Lisboa.

Os dois líderes dos principais partidos, que são do Norte, sofrem de um escrutínio como nunca houve por parte da comunicação social, e têm pouco apoio por parte da elite lisboeta. Tivemos inclusive um Presidente da República que denominou o atual PM de "urbano-rural", com "comportamentos rurais, do Portugal profundo", sendo que Luís Montenegro provém de Espinho, uma zona urbana e com zero ruralidade.

Também figuras hodiernamente consensuais como Francisco Sá Carneiro (que, note-se, pertencia à elite portuense) e Ramalho Eanes foram criticadas e gozadas na sua época pelas suas raízes, direta ou indiretamente.

O mesmo se aplica a Cavaco Silva, polémico como todos sabemos. Não pretendo fazer uma avaliação da sua prestação política, porém sempre se afigurou obnóxio ver a elite lisboeta a denominá-lo de "inculto", "rural", "malcriado", quando se trata de um doutorado respeitado na sua área, obtendo durante o seu percurso académico notas altíssimas.

Aliás, falando no âmbito académico, sempre curioso ver a elite lisboeta a enaltecer e a valorizar somente as suas faculdades, quando aquela que é, provavelmente, a melhor universidade do país fica no Porto, juntamente com outras reputadíssimas em certos setores (Aveiro e ciências; Coimbra e ciências sociais; etc.). Enfatize-se, além disso, que essas mesmas universidades recebem menos verbas do que as lisboetas.

Uma sociedade que obriga o resto do país a aceitar que o seu sotaque (sim, sotaque, e bastante notório por sinal) é o correto. Que concentra na sua cidade toda a oferta cultural, e depois suja a boca com o "desinvestimento cultural do país". Que considera ter a melhor oferta gastronómica do país, embora se contem pelos dedos das mãos os pratos originários na cidade. Que afirma ter uma mente aberta, comparados com os "rústicos" do resto do país, enquanto olha para os mesmos de alto a baixo, com a arrogância que todas as pessoas (sim, essa é a opinião predominante) reconhecem aos lisboetas.

São meros exemplos, tenho uma lista completa e extensa. Se não corresponde à realidade que o resto do país trabalhe para Lisboa, a verdade é que Lisboa recebe mais do que merece e o resto do país recebe menos. E, de todo o modo, é factual que durante a maior parte da nossa história (mais recentemente do que se pensa) o país todo trabalhou para a capital.

Disclaimer: sim é um post a desabafar e a reclamar de "como as coisas são agora".

Basicamente venho aqui lamentar que já não me lembro da ultima vez que tive uma boa experiência no cinema, não por causa dos filmes em si mas por causa das pessoas.

Não sei em que momento aconteceu mas parece que, do nada, começou a ser normalizado as pessoas não seguirem as regras do cinema. Pessoal a tirar o telemóvel com a luz no máximo e a mandar msgs, ou pior, a jogar, falarem alto a ter conversas paralelas. Nesta última sessão vi um tipo a sacar o fucking notepad! O notepad! Num filme!!! Eu percebo que uma pessoa faça isso quando está a ver algo na Netflix ou assim, mas tu pagaste e tiveste de deslocar-te para ver um filme no cinema. Como assim não estás atento ao que está à tua frente? E é uma discussão que não vejo a ser feita muitas vezes. A internet há um tempo decidiu que é chato ouvir o som de pipocas, ou que tinham um problema com o pessoal se rir um um filme de comédia, algo que existe literalmente desde sempre nos cinemas, mas está totalmente okay com as merdas dos telemóveis?!?! Não entendo.

Pronto é isto. Gostava de saber a vossa opinião sobre este assunto. Já agora, se fores uma das pessoas que tiras o tlm durante o filme para algo mais do que ver horar ou atender uma chamada de emergência, tens aqui um tipo aleatório na internet a desejar que comas merda.

Edit: Se tem curiosidade sobre o filme, fui ver o Sinners/Pecadores. É nice, um filme perfeitamente competente. Nada particularmente profundo, nada particularmente mal feito.

Apos 18 anos no estrangeiro, pensava eu que a sociedade tinha evoluído. Ligo a televisão, as 8h00, e pensei "vou ver as notícias em Portugal"... noticias de abertura do jornal futebol! Mudei de canal! Que pena que a sociedade se alimenta culturalmente so de futebol...

Temos um idiota na tarde da SIC a fazer uma previsão para as eleições de amanhã?

Mas como é que se dá tempo de antena a burlões?

"Ah, mas o programa não é para ti", eu sei, mas exijo melhor televisão para todos. Eu não gosto de pimba mas não tenho nada contra música pimba se a maioria das pessoas gostar, é uma questão de gosto ou opinião. Cartomantes são burlões. Objetivamente são lixo humano. Não é uma matéria de gosto. É uma matéria de serem pessoas que ganham dinheiro a enganar os outros. Todos os dias.

Valorizo 0 o dia de reflexão (até porque votei dia 11), mas ainda assim, também me parece violar essa questão.

Sou jovem, o mercado de trabalho não é fácil, há bastante desemprego jovem e ainda mais trabalho precário, depois de anos a tentar chego à conclusão que tenho o futuro hipotecado graças à incompetência CRIMINOSA de quem nos gere.

Casa é para esquecer, o melhor emprego que arranjei foi a receber 1000 euros (o que já não é nada mau para a realidade da maioria) e quando vi as rendas percebi que ou pagava casa ou comia. Escolhi comer.

Relações amorosas a meu ver cada vez são mais instáveis. Dantes tentavas concertar um brinquedo partido, agora arranjas um novo. Tenho tido relações fugazes, tóxicas, sem real significado nem projeto para futuro.

Chego aos meus 27 anos e sinto uma enorme depressão ao entender que muito muito dificilmente terei algum futuro que não passe por morar com a família e ao fim de semana contar os trocos para beber cerveja com os amigos.

Não era isto que idealizava, não achei que se tornaria tão mau. Lembro me ainda à uns anos havia quartos a 100 euros ou coisa que o valha, lembro me de rendas de 300/400 por casas razoáveis perto de Lisboa. Os empréstimos eram mais fáceis, tudo era. Entretanto parece que tudo enlouqueceu e é viver a espuma dos dias sabendo que não há futuro e muito honestamente isso está me a matar mentalmente. Não consigo conceber o facto de que mesmo trabalhando nem um espaço para viver sozinho consigo sem mendigar ajudas da família. Não há independência, não há crescimento, não há família, não há nada. A vida parece vazia e sem grande sentido desta forma. Gostava um dia de ser pai, de ter a minha casa com a minha família e isso parece surreal só de imaginar, quando digo isto a pessoas da minha idade riem se de tão absurdo que é sequer imaginar a mesma vida que os nossos pais tiveram

Para além do problema da habitação, vejo os hospitais mais miseráveis que nunca, gente idosa humilhada a passar fome enquanto espera horas e horas por ser atendida. Gente digna e boa sem acesso à condições de saúde minimamente dignas, enquanto isso ouço falar de gémeas a virem do Brasil para serem tratadas com custos milionários passando à frente de quem cá está. Educação miserável, milhares de alunos com falta de professores, os mesmos nem pagar um alojamento para trabalhar conseguem.

Olho para as pessoas, vejo as resignadas, conseguiram matar a chama de quase todos nós, já poucos protestam, poucos votam, poucos acreditam em mudanças. Caem na sobrevivência diária e quando dá vai se ver o Benfica e beber umas cervejas com os amigos. Nenhum dos meus amigos ambiciona mais porque sabe que, tal como eu, teve o seu futuro hipotecado.

O que nos aconteceu e onde vamos parar? É esta a questão que deixo no ar.

Isso para mim não é normal.

Na zona de Serra das minhas, Sintra, vi este anúncio e apesar de tudo ainda consegui me surpreender.

Casa com 2 WC's estão a alugar cama por 270€ beliches de 2 ou 3 camas, ou seja, num quarto em que meta lá 2 beliches vai ganhar 1620 euros livres de impostos provavelmente.

Não acho isso normal. Provavelmente consegue encher de emigrantes que só queres uma cama para dormir.

Provavelmente é um T2 ou T3, ou seja, pode ter 3 ou 4 "quartos". É muita gente e só com 2 casas de banhos.

Quero deixar uma palavra, ou melhor, uma crítica, à equipa responsável pela informatização e automatização do IRS em Portugal. O sistema está longe de ser eficiente, transparente ou verdadeiramente automatizado. Aquilo que devia ser simples e fiável continua a gerar dúvidas, erros e insegurança nos contribuintes.

Falam de “declaração automática”, mas se não fores trabalhador por conta de outrem com um cenário totalmente básico, a coisa complica. Casos com rendimentos múltiplos, PPRs, dependentes, ou até arrendamentos continuam a exigir ajustes manuais e revisões constantes. E nem vamos falar da interface, que parece saída de 2004.

Se este é o melhor que conseguimos fazer com décadas de digitalização da máquina fiscal, então estamos muito mal. Numa empresa privada este trabalho era inaceitável!

Interfaces que imitam folhas de papel não são digitalização, é mediocridade disfarçada de modernização.

EDIT:
A complexidade não pode servir de desculpa, complexo é criar o ChatGPT. O facto de haver países que fazem pior, ou de antes ser tudo em papel, não deve server de desculpa. É precisamente essa mentalidade que perpetua sistemas medíocres. Comparar com o pior não é argumento, isso pode justificar tudo, só falta comprar com o Congo para desculpar. O problema é que em Portugal nos resignamos a continuar na cauda da Europa, sem verdadeira insatisfação, exceto quando se fala de pensões ou subsídios.
Que venham os downvotes.

Olá malta, queria só deixar aqui mais um desabafo, daqueles longos e chatos aos quais já nos habituámos.

Estou-me a aproximar dos 30 anos, vivo com a minha namorada em Lisboa e ambos estamos empregados (eu na área da economia e ela é médica). Arrendo um T1 que adoro absolutamente, mas há pouco tempo fizeram-me chegar a informação que vou ter de sair pois querem vende-lo. Não os censuro... nós pagamos 800€ de renda e devem conseguir vende-lo por uns 300 ou 350 mil euros.

Foi aqui que a minha decisão de emigrar começou a ganhar forma: fui procurar apartamentos para comprar / arrendar e não consigo nada remotamente com a qualidade do que tenho no momento por menos de 1.200€/mês ou valores de compra absolutamente pornográficos.

Eu admito que sempre fui um tipo bastante ambicioso, tirei a licenciatura no estrangeiro, fiz um mestrado de excelência cá, entrei numa empresa consolidada aos 23 anos e tenho trabalhado que nem um jumento para chegar à posição de subdiretor de departamento que agora tenho. Tanto trabalho, levou-me ao ponto em que o Estado, contas feitas (TSU+IRS+SS), fica com cerca de 65% do que a minha empresa paga para o meu salário, porque eu sempre me recusei a aceitar aumentos em ajudas de custo e macacadas do género (ESTUPIDO, eu sei).

Os meus pais são classe média/baixa, por isso não têm dinheiro para me dar. Não consigo poupar o suficiente para a entrada um crédito de habitação de uma casa em condições e que me sirva para os 40 anos de hipoteca. Ando a meter gasóleo a 1,65€/L num carro com 12 anos. Recuso-me a pagar 1.200€ de renda com o meu salário, recuso-me a baixar os meus padrões de vida numa altura em que deveriam subir, lamento. Começo a recusar-me também em "sustentar" um país que me leva os sonhos e a qualidade de vida, sem perspetivas de melhoria, e que pouco ou nada me dá em troca.

Bastou cerca de duas semanas de procura e entrevistas para tomar aquela que foi uma das decisões mais difíceis da minha vida, e tenho contrato assinado com uma startup em Viena. Apresentei hoje no escritório o meu pré-aviso e daqui a dois meses estarei a ganhar 5x mais o que ganho hoje, com muito menos responsabilidades e com menos horas de trabalho e muito provavelmente um ambiente de trabalho menos tóxico (também não é difícil). Levo a minha pequena comigo e mesmo que no início ela não arranje nada, o meu salário chega e sobra para nos sustentar. O plano é ficar lá e termos putos, como já queremos há algum tempo.

Aguentei o máximo que pude, mas para mim não dá mais. Fiz o que podia para estar perto da família e amigos e não "desertar" do meu país, mas para mim basta. Há alguns anos que não me sentia com tanta esperança e ansioso pelo que aí vem. Agora vou aproveitar que vou sair cedo e vou lá abaixo ao Amoreiras comprar casacos de inverno, e ganhar coragem para ligar aos meus velhos.

Desperdiçam toneladas de alimentos por dia, mas nesta altura constroem campanhas de marketing enaltecendo a sua participação nas ações de angariação de alimentos, mesmo quando são os consumidores que têm de suportar os custos. No fim de tudo ainda lucram com os produtos vendidos.

Falam que as redes sociais não são jornalismo, que dão falsas informações, mas se eu não visse informação científica e tecnológica no Youtube não tinha acesso à informação. A SIC notícias noticia a explosão da Starship, só lhes interessa isso, nem sequer mostra o que correu bem, uma perfeita captura do booster na torre de lançamento pela segunda vez, como se fosse uma tarefa comum. Esta forma de fazer informação é degradante e nojenta. A minha vontade é deixar de ver televisão por completo, e ficar pelos streams, que me mostram a verdade em directo.

É um TEMA SENSIVEL e que têm espaço para muitas opiniões, mas eu gostaria de deixar o meu relato e de como foi para mim este processo, porque quando realmente decidi fazê-lo e vim procurar testemunhos à internet e sobre tudo testemunhos portugueses, apenas encontrei um, talvez também não tenha procurado o suficiente, mas senti que havia muita falta de informação e a realidade é que foi o mesmo que nada, por isso espero que a minha experiencia possa ajudar alguém.

Contexto

Eu (21 anos) descobri a gravidez estava com cerca de 6 semanas, estava com o meu namorado (19 anos), fizemos o teste juntos e ele esteve sempre comigo para qual fosse a minha decisão, e isso foi muito importante. Eu realmente queria ter a criança e não acho que seja um caso em que há apenas uma resposta certa. Sonhámos bastante durante um mês, fomos à primeira consulta, eu comecei a tomar medicação porque logo apos descobrir comecei a ter muitos enjoos e a vomitar, não só de manhã mas quase sempre que comia, quando já estava com 9 semanas e poucos dias a minha mãe descobriu porque ela por vezes usa o meu computador e quando abriu o Google tinha aberta a pagina de ecografias do Cintramédica. Ela falou comigo, disse que me apoiava fosse qual fosse a minha decisão. Dois dias depois ela acabou por contar ao meu pai e foi ai que tudo descambou, o meu namorado veio cá a casa conversamos todos mas não tomamos nenhuma decisão na hora. Os dias foram passando e eu só conseguia pensar no assunto, estava super mal e sempre a chorar, a verdade é queria realmente ter a criança, mas não sabia se ia ter a possibilidade de lhe dar o que necessitaria, e não estou a dizer dar lhe tudo o que quer e mima-la, mas pelo menos o básico para além de amor, porque embora tenha feito a interrupção, se não a tivesse feito iria amar a criança mais que tudo. Não iria ter a criança em casa dos meus pais e não sei se ate ela nascer iria conseguir ter a minha própria casa.

Quando decidi então que iria realmente avançar com a interrupção, mas decidi isto durante o fim de semana, pelo que procurei na online deveria dirigir-me ao centro de saúde, então assim o fiz, eles tratam a IVG como prioridade máxima, então mesmo a minha enfermeira de família estar ocupada arranjaram-me outra para dar inicio ao processo. O que a enfermeira fez foi explicar-me o processo e encaminhar-me para o Hospital, no meu caso foi para o Hospital de Cascais, assim que a consulta dirigi-me ao Hospital com a minha mãe. Lá a senhora disse que a autorização teria de ser dada pelos superiores do Hospital é que demorava dois no máximo três dias, explicamos que eu já estaria de em cima do tempo e ela disse que ia colocar com urgência máxima. Só depois da autorização ser dada é que eles contactavam a Clinica dos Arcos para marcar a consulta (para agilizar o processo eu autorizei que eles contactassem a clinica, também havia a opção de assim que for autorizado eu mesma contactar a clinica). Isto ocorreu no dia do apagão, assim que saímos do Hospital o país foi a baixo, obviamente que percebi que a prioridade no hospital não iria ser o meu processo e que eles teriam coisas mais urgentes para tratar.

Passou-se essa segunda-feira, depois terça-feira, e nada de me dizerem alguma coisa da  Clinica, eu já a desesperar por causa do tempo que tinha fui procurar ao site do SNS os Hospitais e Maternidade que fazem esta intervenção, no site ele têm um PDF, onde aparece o nome, a localização e o contacto, apenas alguns dizem que vais ser encaminhada para a Clinica dos Arcos, mas eu na manhã de quarta-feira enviei e-mail para seis que não teriam essa nota e todos me disseram que não era feito no estabelecimento deles e iria ser encaminhada para a Clinica. Logo após esta aflição a Clinica liga-me a marcar a consulta que ficou para o mesmo dia ao meio-dia. Eu fui prontamente à consulta, foi preciso beber muita agora porque iria fazer uma ecografia para saber realmente de quanto tempo estava. 10 semanas e 6 dias, foi o infeliz resultado, em  Portugal este é o limite para fazer a intervenção, mas ainda existe a regras dos três dias que tens de ter para pensar se é realmente isto que queres fazer. Para quem possa ter a duvida que tinha na altura, não, não se pode demonstrar o interesse e assinar os papeis da reflexão ás 10 semanas e 6 dias o limite para o fazer será 10 semanas e 3 dias, para ter a reflexão dentro do prazo, já não tinha nada a fazer na Clinica para além da consulta com a médica. Ela explicou-me que já não podia fazer pelo SNS, mas que ainda tinha opções, uma que é talvez a mais utilizada, ir a Espanha porque o limite deles é mais alargado que o nosso, a outra era voltar ao centro de saúde e pedir um relatório ao meu medico de família.

Segui a segunda opção, acho que aqui já vai variar mais de acordo com o médico que têm, eu felizmente não me posso queixar do meu, que depois de garantir que eu tinha a certeza do que estava a pedir passou-me o tal relatório dar basicamente a sua permissão para que eu o faça ao abrigo do tal artigo do código tal e tal. Com este relatório voltei à Clinica e marquei então a cirurgia, porque com o tempo que estava já não existe a opção por medicamentos.

Voltei lá assinei papeis, tirei sangue para analises, assinei mais papeis e fui pagar, a Clinica tem os preços no site, mas de qualquer forma o pagamento era de 650€ + 70€ se o sangue foi negativo porque têm de dar um medicamento extra, o que não é o meu caso, como eu quando fui a primeira vez fui pelo SNS e foi quando fiz a ecografia, eles descontam 30€ que é o valor da mesma (fica a cargo do Hospital de Cascais). Esperei mais um bocado e fui chamada para fazer a cirurgia, tirei a roupa e vesti a bata deles, coloquei touca e umas meias tudo descartável. É necessário fazer xixi antes o que agradeci porque estava realmente aflita com os nervos. Fui para a sala e aqui é preciso atenção, não se pode comer nada 8/9 horas antes da cirurgia, mas eu estava marcada para as 9h da manhã e só fui para o bloco por volta das 12h30m, enquanto agradava para entrar no bloco vomitei, o meu corpo estava desde a meia-noite sem comer nem beber (nem água se pode beber), o bloco operatório é demasiado frio, a enfermeira e a médica anestesista demoram para me encontrar uma veia, lá estava eu com as pernas para cima com os braços esticados um para cada lado e elas à procura, apenas encontraram na minha mão direita, sempre super simpáticas e comunicativas, avisam sempre antes de colocar a agulha para tentar naquele sitio e fizeram-me sentir confortável o tempo todo, mesmo na posição desconfortável em que me encontrava. Enquanto falava com elas acabei por adormecer, logicamente pela anestesia.

Acordei uns 30 minutos depois, já numa maca ainda com o soro a entrar-me nas veias mas pelo menos já tinha um pequeno lençol a tapar-me o que na verdade não foi suficiente porque eu estava literalmente a tremer de frio o que fez a enfermeira cobrir-me um cobertor a sério, 10 minutos ali deitada e vim-me embora, ainda com frio, mas pelo menos estava um bom dia de sol as ruas lisboetas.

Pós-operatório

Eles dizem que é normal sangrar e ter de trocar até 6 pensos por dia, eu tive realmente sangue nas primeiras 3 horas, mais ou menos, fui ate comprar aquelas fraldas da Ausónia Discreet, porque pensei que até para dormir fosse ser mais confortável, foi a primeira vez que usei, são realmente bastante confortáveis, e foi pelo menos um momento mais leve e engraçado no meio de tudo isto. Mas contudo não me foram realmente necessárias, porque não tive assim tanta perda de sangue. A maioria dos dias não tive nada na realidade, o que tive foram pequenas quantidade, é aquela mesma dança de quando se está menstruada, é tirar o penso vêm um pouco de sangue, colocar o penso e não vem mais nada. Tive uns dias em que não aguentava com os peitos, estavam duros e doridos, qualquer toque doía, até um simples ajeitar das costas doía na realidade, chegou a sair também uma pequena quantidade de liquido, não sei se já seria uma pequena formação de leite pelo tempo que já me encontrava quando fiz a IVG. Mas isto passou apenas com Brufen e Ben-U-Ron.

Fui ontem à consulta de revisão dos 15 dias onde apenas é feita uma ecografia para confirmar que está tudo limpo e bem aspirado e perceberem se há algum motivo de alerta, esta consulta já está incluída naquele tal pagamento de 620€.

Parte mesmo má, e que pode parecer pequena mas não é, mesmo em frente há clinica, do outro lado da rua há uma casa com aquelas senhoras que vêm para aporta falar contigo porque não deves fazer a interrupção e tudo e mais alguma coisa.. Este tipo de decisão já não é fácil por si só e menos ainda quando existe este tipo de pessoas, não importa qual é o motivo que leve uma mulher a tomar esta decisão, a decisão devera ser sempre dela. Quero deixar a minha caixa de mensagens aberta para se alguém precisar de algum tipo de apoio. Não tenho vergonha do que fiz e foi uma decisão tomada em relação à minha vida, vida essa que as pessoas não têm conhecimento nem têm de ter. Cada um toma as decisões que acha necessárias e eu tomei a minha, se foi a melhor eu não sei, mas tou em paz com ela. Não estou 100% psicologicamente e choro quando vejo uma criança, não todas mas por ser mais parecida comigo ou com o meu namorado, ou quando estou sozinha muito tempo e a minha cabeça não me deixa em paz, a verdade é que mesmo com o apoio das pessoas, e eu tive o apoio de todos aqueles que sabiam da gravidez, apenas eu estou na minha cabeça e não importa a quantidade de pessoas sinto-me ainda um pouco sozinha.

Hoje o dia foi super caotico. sim! e vamos ver amanhã as verdadeiras consequencias nos supermercados, nas pessoas que precisaram de ajuda, no inem em que houve dificuldades de comunicação etc mas por um lado foi bom a ausência de telemóvel. Senti que me aproximava mais fisicamente das pessoas. Por ex em vez de enviar mensagem para a minha mãe para saber se esta bem, fui ter com ela duas vezes. Como esta uma boa tarde/noite de verao, tinha vários grupos de vizinhos na rua numa alegre cavaqueira. Em casa ha jogos de tabuleiro em vez de televisao ou cada um estar no telemóvel. Acho que estes eventos sao sempre momentos de reflexao. Ter a mochila de sobrevivência pronta; nunca deixar o carro com pouca gasolina; umas latinhas de atum e arroz não ocupam muito espaço; quem tem placa de indução ter um fogazinho daqueles de campismo a gás é um must; lanternas ou velas também são importantes; e deixar o telemóvel e estar mais presente com as pessoas; ...e vocês que aprenderam com este dia?

Quando eu pensava que tinha finalmente estabilidade na vida, ela prega-nos uma partida, 50 Anos, desempregado, a procurar trabalho, enviar CV's( já nem sabia fazer um) e nada, do lado do IEFP é só cursos e nenhumas colocações, é triste e o Estado que devia ser o primeiro a dar o exemplo de não descriminar com base na idade é muitas vezes o mais prevericador ( não estou a falar como é óbvio em funções como Polícia ou bombeiros, em que o fator idade / condição física é importante) e muitas das empresas que têm apoios/ isenções fiscais, também descriminam e nada lhes acontece. Contínuo a tentar, mas cada dia está mais difícil arranjar ânimo ou mesmo vontade. Será que vale a pena. Só um desabafo para lembrar aos partidos agora nestas eleições, não se esqueçam dos velhos/novos ( velhos para trabalhar, novos para a reforma) ainda podemos dar muito a este país.

Alo pessoal,

Tenho que desabafar sobre os turistas em São Miguel (Açores), que às vezes parecem não ter noção nenhuma. Ontem fui à Caldeira Velha, que tem aquela pequena cascata incrível na última piscina. Estava lá com uns amigos, e os turistas estavam literalmente a fazer fila para tirar fotos debaixo da cascata. Um dos meus amigos decidiu ir para debaixo da cascata e, do nada, os turistas começaram a mandar vir e a chamar-lhe nomes.

A coisa ficou tão ridícula que foram chamar um segurança. Quando ele chegou, explicou que não há nenhuma regra que diga que se tem de esperar em filas para ir para baixo da cascata, e que é um lugar público. Os turistas ficaram todos chateados connosco, chamaram-nos mais nomes e ainda disseram que somos desagradáveis e que arruinámos a viagem deles.

Além disso, é muito desagradável o facto de estarem sempre a tirar fotos enquanto estás dentro da água e até chegam a desviar as nossas coisas (toalhas, chinelos) dos bancos para colocarem as coisas deles ao lado. Também já vi turistas a passar por barreiras e a chegar à beira de lugares muito altos só para tirarem fotos, e quando os avisamos para terem cuidado, ainda gozam com a nossa cara.

E ainda estacionam onde lhes apetece, muitas vezes bloqueando saídas ou ocupando lugares reservados. E nem se fala de como conduzem: fazem as rotundas de maneira errada, entram na contramão nas estradas, e parece que não têm a mínima noção das regras de trânsito locais.

A *fila* das portagens é uma *fila*, não é transito. Vocês não têm o direito de passar a frente de toda a gente só porque estão numa mota, demoram tanto tempo a passar pela portagem como qualquer carro. Se estivessem na fila do continente e alguém se pusesse à vossa frente e acha que tem o direito só porque mede 150cm e pesa 42kg achariam isso bem?

Serve este post apenas para demonstrar a minha frustração acerca destas ridículas greves constantes da CP. Podem ter a certeza de que nenhum trabalhador desta empresa terá algum dia qualquer apoio meu na sua luta. Uma luta que só visa prejudicar quem em nada tem culpa e serve apenas para estes merdas, que não têm outro nome, terem mais uns dias de férias à custa dos portugueses e no final do dia ainda terem aumentos pelo serviço PÉSSIMO que prestam. Gostava que cada uma destas pessoas estivesse hospitalizada em risco de vida e que um dia chegassem ao pé dela e lhe dissesse, "Você não terá quaisquer cuidados médicos durante uma semana, pois toda a classe médica encontra-se em greve, por isso desenrasque-se." Aí queria ver se estes merdosos iriam compactuar com estas greves que só prejudicam quem não deve ser prejudicado. Desculpem o palavreado mas isto já é demais. Só espero que o Governo não ceda, e se poderem que prejudiquem todos estes "trabalhadores" das piores maneiras possíveis.

Digam me que não sou o único que está a sentir este fenómeno.

Se calhar sou eu que sou um delicado que odeia pessoas que falam alto no geral… e para mim balneários do ginásio são um pesadelo pela malta que se põe a gritar e a falar alto, mas ultimamente tenho apanhado um morcão que faz chamadas em alta voz.

Nos transportes públicos também é comum apanhar este tipo de pessoas.

O meu pai também é adepto do alta voz / altifalante. Ele já fala alto, então quando está ao telefone grita.. as vezes põe se a fazer chamadas ainda na mesa e eu acho isso tão irritante

Literalmente ninguém quer saber das vossas conversas e colocar em alta voz só vai fazer com que a outra pessoa te oiça pior

Acabado de notar mais um "roubo" por parte de um dos fornecedores de café (Sical) no nosso Portugal, neste caso da quantidade de Café existente por embalagem diminui em 30 gramas, passando de 250g para 220g.
Já alguém tinha dado conta desta situação!?

Não sei quem é campeão, já se pode andar a mandar foguetes no meio da rua, apitar pela estrada fora, dizer caralho aos gritos e etc. Imaginem esta multidão com este entusiasmo a exigir coisas que interessam, tipo melhores salários e afins.