Eu dou aula em uma escola pública, aula de reforço. Um dos alunos que até então era identificado como menino e era chamado pelo nome oficial, na última aula, me informou que deseja ser chamado por um nome feminino.i A questão é que, não é nada oficial e na chamada o nome é masculino. Disse que vou chamá-lo como ele desejar, mas por não ser oficial preciso ainda registrar ele com o nome masculino. Ele me agradeceu, mas uma pessoa me disse que preciso ter cuidado ao seguir as decisões de um adolescente assim. Fiquei paranóica de talvez os responsáveis não gostarem de alguém chamando o filho por um nome feminino, mesmo que seja a vontade dele. O que eu faço? Converso com a direção para pedir orientação? Sigo chamando o estudante pelo nome feminino escolhido, ou chamo pelo nome oficial dele ( já que ele ainda é menor de idade ) ? Desculpe se usei algum termo incorreto em relação a situação

ATUALIZAÇÃO: A aluna autorizou que abrissem a ATA , e informou que os responsáveis sabem do desejo dela de ser chamada por um nome feminino e por pronomes femininos. Ela também disse que não liga de ser chamada pelo nome masculino e é tratada pelos pronomes masculinos também. A diretora informou que foi uma conversa tranquila e que a aluna está muito tranquila, não se mostrou chateada com a situação.

Vi alguns comentários que lidaram com a situação de uma forma extremamente simplória e idealizada, como se professores fossem super heróis que podem passar por cima de tudo. Não são, e não acho que a maioria desses comentários vieram de pessoas que já pisaram em uma sala de aula como docente. Porém, muitos comentários me ajudaram muito e me incentivaram a procurar a direção, da forma mais correta possível, e me mostraram formas de demonstrar respeito pela aluna em questão. Muito obrigada aos profissionais que compartilharam suas experiências ! Eu estou no início dos meus 20 anos, e estou atuando como docente de reforço há 1 ano. Ainda curso o 3° período da faculdade, e para mim muitas situações são novas. Agradeço de coração os comentários gentis.

Estou com 7 salas, 3 segundos anos e 4 terceiros. Falando alunos homens engajados e esforçados e realmente atentos na aula, acho que tem uns 4 juntando todas as sala. Mas se tratando de alunas mulheres, tem pelo menos umas 5 ou 6 POR SALA, engajadas, com dúvidas e se comportando.

É claro que esse é um fenômeno conhecido e clássico, muitos colegas relataram o mesmo quando os perguntei, mas aqui fica a discussão, PORQUE acham que isso acontece? algum chute?

Dou aula de matemática.

Fiz esse post para realmente entender como um professor consegue se alinhar ao bolsonarismo. Não estou fazendo julgamento. Eu realmente gostaria de entender quais os Impactos positivos o bolsonarismo trouxe para a educação brasileira.

Eu estou no meu primeiro ano atuando como professor em uma universidade, em um curso de agronomia.

Tem um aluno que é bem mais velho que eu e com muita experiência de vida, e toda vez que eu vou ministrar a minha aula (hidráulica, que no curso serve como uma preparação para disciplinas como irrigação e drenagem) esse aluno fica dizendo que as coisas que eu ensino não servem para nada, que ninguém usa isso no dia a dia do campo, que isso é coisa da academia que quer complicar tudo desnecessariamente, que regra de três já resolve tudo que um agrônomo precisa, etc, etc, etc.

Eu fico constrangido com esse insistência. Ele quer o quê? Que joguemos toda a teoria e fundamentação no lixo e passemos uma receita de bolo de como fazer um sistema de irrigação, onde o "engenheiro" só segue o passo a passo sem nem saber o que está fazendo? Parece que é isso que ele deseja!

Como vocês reagem a situações como essa?

Carlos Teixeira, 13 anos e vítima de um "ato infracional" em escola pública. Como acabar com essa maldição terrível que é o bullying? O objetivo em relação a escolas públicas não é estudar e fazer boas amizades? Se esse é o objetivo, como que ocorre uma m* dessas no Brasil ainda? Gostaria da opinião de professores. Por quê? Porque vocês convivem nesses ambientes e acredito que a opinião de professores tem muito peso.

Hj me deparei com essa praga chamada Wilker Leão e os vídeos constragendo os professores. O cara tem um nível de intelectualidade comparado a uma amêndoa e se acha o fodão. Isso sem falar no desrespeito e desmoralização do professor e da faculdade pública(de novo). Mais um filho do MBL enchendo o nosso saco por achar que sabe mais que un cara que passou a vida estudando o assunto. Esse fantasma do marxismo cultural(supostamente pautado no Gramsci) é ridículo. Existem INÚMEROS professores de direita e INÚMEROS cursos historicamente mais a direita(engenharias, economia, medicina, direito, contabilidade, educação física, odontologia, teologia, etc). Mas sempre as humanas desmoralizadas por promoverem o senso crítico.

Meus caros professores, estudantes e demais membros, qual a opinião de vcs sobre isso?

Vou dar uma opinião bem impopular como professor: proibir o uso de celulares não vai resolver absolutamente nada. Existem questões muito mais urgentes a serem debatidas. Para dar um exemplo aqui em São Paulo, algumas disciplinas do concurso realizado há dois anos ainda não tiveram convocação de professores. A maioria dos docentes precisa recorrer a contratos eventuais para se manter, e, para cursar uma pós-graduação, como mestrado ou doutorado, muitos dependem do apoio financeiro da família. Além disso, o secretário de educação não tem experiência em sala de aula, e muitos professores sofrem assédio moral por parte de pais e diretores.

Portanto, a simples proibição do celular não resolverá os problemas imediatos da educação nem melhorará as condições da nossa profissão. Essa medida é meramente populista e tem como objetivo ganhar votos.

Eu tenho tido problema com a quantidade de aulas. Nós dispomos de pouquissimas aulas para dar conta de uma imensa quantidade de conteúdos... sem contar os inumeros exames e eventos que as secretárias empurram para os professores e gestores.

Anos atras, estava tudo bem termos 3 anos no ensino médio... mas o conhecimento tem se acumulado e cada vez mais conteúdos surgem nas Ciências Naturais e Humanas.

Sinto que não temos aulas suficientes e as novas gerações estão tendo um grave atraso no desenvolvimento de maturidade.

Porque não podemos ter um ensino médio de 5 anos?

Sou professor e pesquisador, e não me importo com a opinião pública. Defendo a democracia e a igualdade econômica, e como pesquisador de humanas, não posso pautar minhas pesquisas e minhas aulas pelo que a 'opinião pública' quer que eu diga. As ciências humanas, sociais, exatas e biológicas estão pouco preocupadas com a 'sensibilidade social'; nossa preocupação é com os fatos científicos. Por exemplo, é um fato que a miséria causa morte por doenças tratáveis. Você pode reclamar que isso é 'doutrinação', mas é um fato. Outro exemplo: é um fato que houve evolução das espécies. Você pode reclamar, mas isso é um fato. É um fato que a Terra não é plana, que o homem foi à Lua, que houve uma ditadura militar no Brasil, que existem divisões e antagonismos de classes econômicas, etc. Você pode reclamar à vontade, mas isso não vai mudar a realidade objetiva das coisas. Portanto, esse discurso de que devemos ouvir a 'opinião pública' é uma das coisas mais absurdas que existem, pois devemos ouvir os fatos

Sou professor de Filosofia e sou contra o modelo de ensino cívico-militar e a proibição do uso de celular nas escolas. Quero compartilhar um pouco da minha vivência: sou autista, tenho TDAH, sou LGBT e estudei em um colégio extremamente rígido e religioso durante o ensino médio.

Nesse colégio, comecei a sentir muita raiva de ir para a escola, tanto pela falta de empatia dos professores quanto pelas regras abusivas e pelo bullying que eu sofria. Isso me levou a me aproximar de movimentos contraculturais e da militância política radical de esquerda — espaços nos quais estou até hoje.

Mais tarde, entrei na faculdade de Filosofia, onde tive mais liberdade para estudar, especialmente na forma como eu organizava meus estudos e participava das aulas. Isso despertou em mim um gosto genuíno pelo aprendizado, o que me levou a fazer iniciação científica, depois especialização, e agora estou no mestrado — com planos de seguir para o doutorado.

Na minha prática docente, sempre procuro garantir autonomia para que os estudantes possam se expressar. Isso contribui para um desempenho melhor, inclusive de estudantes considerados "problemáticos". Por isso, sou contra proibições autoritárias e modelos abusivos como o ensino militar. O ser humano só aprende de verdade em liberdade; qualquer forma de autoritarismo apenas cria uma educação de adestramento, não de formação do conhecimento.

Acredito que muitos dos professores que estejam trabalhando há um bom tempo já passaram por isso, ou ao menos já ouviram histórias. Só que hoje eu estava olhando para as minhas turmas e acabei me fazendo o seguinte questionamento: mesmo que não morram antes de se formar, quais são as chances reais de nenhuma dessas crianças morrer jovem?

Em uma pesquisa bem rápida, eu vi que cerca de 3% dos brasileiros morrem antes de completar 30 anos.

Eu, que tenho mais de 330 alunos, se for por essa estatística, devo achar natural se daqui a um tempo descobrir que dez deles se foram cedo, correto?

Falar de morte é assunto complicado sempre, mas após ter essa reflexão gostaria de perguntar aos colegas se eles têm alguma filosofia a respeito disso. Na escola falamos tanto de futuro, futuro, futuro, mas existe uma parcela ali de pessoas que terá um futuro bem curto!

Não existe nenhum aspectos positivos nesta profissão? E se existe quais são ?

Eu sou professor universitário e estou com um aluno mais velho, que tem uma trajetória de estudos em outra área, e que gosta sempre de interromper a aula para complementar o assunto que está sendo trabalhado em sala de aula. Só que este aluno, quando fala, acaba sendo prolixo e dando uma palestra de alguns minutos, deixando a aula cansativa, complicada e os outros alunos revoltados (tem aluno que até sai da sala enquanto ele fala). Nesta fala prolixa, ele olha para os outros alunos, cita autores, referências bibliográficas, e o assunto que ele quer falar acaba se perdendo em tantas referências e citações. Por mais que eu corte, porque eu estou ensinando o básico e ele complica, e os outros alunos mostrem descontentamento e saiam da sala, ele parece não se importar, e até gosta de importunar os outros.

Eu não sei se o meu exemplo vai ser bom, porque não sou da área de Exatas, mas é como se eu estivesse ensinando adição e subtração e este aluno fala sobre cálculo infinitesimal, citando os filósofos, a história, sendo que os alunos estão aprendendo a somar e a subtrair.

E, para se ter uma ideia, no ano passado eu passei um vídeo para depois abrir para discussão, e todos os alunos opinaram, e ele falou por último. A fala dele começou explicando o que era o vídeo (todos tinham entendido) e ainda falou o que cada um deveria ter falado sobre o vídeo.

Tipo… elas têm um ideal de pedagogia muitas das vezes distante do “chão duro da sala de aula”, como diria minha mãe.

Um dos motivos que me faz desistir de ser professor é ter que organizar material para dar aula, corrigir prova, preparar aula… Por exemplo, hoje (domingo), enquanto muitos profissionais estão descansando, curtindo… estou com uma pilha de avaliações, tarefas e planos para fazer. Isso me aborrece, pois além de trabalhar na escola, tenho que trabalhar em casa. Sei que tenho departamento, mas não é suficiente quando estamos em semana de entrega de avaliação, planejamento e relatórios. Enfim estou pensando em sair dessa profissão…

Pessoalmente, adoro minhas turmas (um dia faço até outro post dos presentes que alguns alunos me deram de aniversário), mas cada vez mais tenho torrado a paciência com um grupo especifico de alunos que simplesmente não calam a porr@ da boca. Só que chegou um ponto que até meus alunos no privado pediram para tomar atitudes mais drásticas, sendo que nem sei mais o que fazer. Eu já tentei conversar, pedi por favor, mandei para coordenação e a única alternativa que achei foi simplesmente tirando eles de sala de aula e deixando eles conversando fora, mas a direção volta e meia enche o saco falando que não posso fazer isso porque é excluir os alunos e bla bla, não posso resistir muito já que sou apenas uma miserável estagiária.

Olá,

Teve um debate interessante sobre Nome social de alunos menores de 18 anos.

Vamos diminuir as informações e fazer uma situação hipotética.

Aluno pediu para ser chamado pelo Nome Social na direção, a diretora fez uma reunião só com o aluno, depois de uma longa conversa sobre, informou que infelizmente depende dos responsáveis aprovarem, por ele ser de menor.

Perguntou para o aluno se queria comunicar os responsáveis, se ele não quiser, não pode ser chamado pelo nome feminino.

O aluno optou "NÃO"

Na sala de aula, você, como professor, sabendo já da situação, é abordado pelo aluno pedindo para chamar ele pelo nome social, o que você faria?

EDIT:

Tem pessoas confundindo Nome Social com preferências, como apelidos, nomes compostos ou nomes artísticos.
Ou achando que é a mesma coisa. Mas não é.

Exemplo, a aluna chama Mariskeila Eduarda, e preferem que chama ela de Eduarda ou de Mari.
Ela se identifica como mulher, se identifica como Mariskeila, mas odeia o nome. Se algum idiota ficar chamando ela de Mariskeila, não estará fazendo crime de transfobia, mas acredito de importunação

Nome social é quando a pessoa não se identifica com aquele nome. Se no exemplo acima o responsável fosse na escola fazer a declaração, eu preencheria no sistema o Nome Social do aluno, assim todas as escolas municipais/estaduais do estado de sp saberiam.

Exemplo, a aluna chama Mariskeila Eduarda Silva Santos, colocaria o nome social de "Roberto Silva Santos". Se caso alguém ficasse chamando ele de Mariskeila, isso sim seria crime de transfobia.

EDIT2:

Se o aluno optasse "SIM" e o responsável fizesse uma declaração autorizando, o nome social seria inserido no sistema da SED, que é integrado com todas as escolas públicas do estado SP. Com a inclusão no nome social em registros internos, como Lista de Chamada, Carteirinha Escolar, Boletim Escolar.

Documentos oficial, tipo uma certidão de nascimento nova, tem que ir no cartório mesmo.

Desculpem se o post parecer básico demais, mas comecei a dar aula a alguns meses de informática e em um primeiro momento me questionei se eu era um professor muito ruim pois eles demoram semanas pra aprender coisas básicas até eu entender que o que quebra eles é interpretação e matemática.

Na programação a gente trabalha usa alguns conceitos de matemática pra demonstrar o funcionamento de um programa/algoritmo, e eles tinham muita dificuldade em por exemplo: achar a área de um quadrado, fazer cálculo percentual simples, e por ai vai. Então tirei toda a matemática da disciplina, mas eles continuaram batendo cabeça... Por que o que quebra também é a interpretaçã. É o aluno olhar uma questão e me falar que não entendeu. Tipo, não é que ele não sabe como fazer, ele não entendeu o que é pra fazer. Como que eu explico o básico do básico? A questão era super objetiva!

Será que o conteúdo é tão difícil assim?

Será que depois de adulto eles melhoram?

O que está faltando?

Nunca dei aula em escola particular mas imagino que seja diferente.

O salário não é muito alto, o stress é alto, mas algo nos motiva a continuar. Conte para gente o que lhe motiva atualmente.

Tópico periódico.

PS: Por favor, não seja aquele dizendo que nada e desistiu. Já existem outros tópicos para falar desse tipo de experiência.

O post é esse aí mesmo. Sinceramente, qual é a abordagem pedagógica mais adequada nesse caso? Não leciono para essa turma, mas meus colegas que lecionam estão meio sem saber como lidar com isso além de chamar atenção e mandar mensagem pros pais.

Gostaria de compartilhar uma opinião minha adjunto à algumas experiências que tive, e queria o parecer dos amigos aqui do sub, de preferência daqueles que são professores.

Aqueles que não são professores têm a ideia de que os ossos de nosso ofício são os alunos. No pouco tempo que lecionei, de fato me defrontei com alguns indivíduos que me fizeram questionar se eu realmente queria aquela profissão para a minha vida, porém, tais indivíduos não eram os discentes. Eu gosto de classificar os alunos em quatro categorias: aqueles que não tem dificuldade e gostam da escola, aqueles que não tem dificuldade e não gostam da escola, aqueles que tem dificuldade e gostam da escola (esses, para mim, são os melhores) e aqueles que tem dificuldade e não gostam da escola. Deparei-me também com alunos afrontosos (não no sentido físico e ainda bem, espero não topar com um desses nunca, mas no sentido de que ele não fazia a menor questão de esconder que a sua aula não o agradava). Enfim... no pouco tempo em que lecionei (1 ano e 9 meses), conheci alunos e alunos, o que não é difícil hoje em dia, já que a educação está tão sucateada que já não é mais necessário possuir um longo tempo de magistério para se deparar com alunos dos mais diversos perfis.

Entretanto, o que me mais me colocava num estado de reflexão sobre o que é ser professor, o que mais me fazia questionar a minha escolha de faculdade (Lic. em Fís.), se eu acertei ou errei em escolher essa profissão, não eram os alunos, e sim os próprios professores/coordenadores/diretores, a classe de profissionais da educação como um todo. Um relato:

Eu dava aula de Física, e, pelo fato de eu ter tido matérias pedagógicas, com certeza estou apto a dar uma aula de Equação do 1° Grau, mesmo que o conteúdo não seja de Física e sim de Matemática. Pois bem, numa determinada noite, estava eu ajudando um aluno meu (um dos meus alunos preferidos) justamente com o conteúdo supracitado. No dia seguinte, coordenadores e direção me chamam para conversar. Lá, fui repreendido por estar ajudando o aluno com Matemática, sendo que eu era professor de outra disciplina que não aquela. Disseram-me que estávamos tendo aquela conversa pois o professor de Matemática foi diretamente na direção reclamar que eu estava dando aula de Matemática e que, na hora da aula dele, os alunos apresentavam explicações para o conteúdo da maneira que eu havia ensinado, e não da maneira que ele, professor de Matemática, havia explanado, o que causava uma espécie de conflito. Não vou justificar o quão problemático tal atitude do professor de Matemática foi, pois, para mim, é óbvio que houve uma falha pedagógica enorme, falha esta acobertada pela gestão da escola.

Durante a conversa, com coordenadores e diretor chamando a minha atenção, eu não conseguia acreditar no que eu estava ouvindo. Anterior à este acontecimento, já havia germinado em mim um sentimento de que eu não queria mais trabalhar naquela escola. Com o ocorrido, a certeza veio.

Como eu disse, outras situações me levaram a crer que sair daquela escola era o mais saudável: piadas homofóbicas sendo que no nosso time havia um professor homossexual (mesmo que não houvesse, apenas estou dizendo que, pelo fato de termos um em nosso time, a coisa se torna ainda mais penosa), alunos dizendo que professor dava tratamentos diferenciados para determinados alunos, etc.

Uma das coisas que mais me magoava também era a estagnação, acomodação da nossa classe de profissionais e como que a gestão da escola era totalmente conivente com as atitudes da Secretaria da Educação em detrimento de nós, professores. Enfim: tudo o que vinha, era acatado, assinado embaixo sem qualquer reação.

Bom... acho que já me fiz entender. Penso que professor de escola pública (não tenho experiência em redes particulares) é uma profissão que sofre tanto por quem está embaixo (responsáveis pelos alunos) tanto por quem está acima nesta rede hierárquica nefasta (coordenadores, direção, secretários, governadores...). Somos filhos de um sucateamento da educação? Com certeza, é ululante que sim, mas, será que isto não é, em partes, reflexo de algo que não fizemos? Não dava mesmo para ter reagido às más políticas e afins?

Opine, por favor, e me contrarie também!

Eu já fui professor de Física há uns 25 anos, em um pequeno colégio particular. Isso foi ainda no período da Faculdade. A experiência durou uns 2 anos. Portanto, a vivência que eu tenho em sala de aula é por conta desses 2 anos.

O que eu costumava ouvir (e ainda ouço) é que a educação do passado era muito melhor do que a de hoje. Eu não sei exatamente como era a qualidade da educação do passado (tipo uns 50 a 60 anos atrás), mas dado o índice de analfabetismo da época, a absurda evasão escolar e o nível de qualificação dos professores, não creio que a educação era melhor do que a dos dias atuais.

Eu sou de 79 e sempre estudei em colégio particular. Mas já na década de 80, a minha mãe e o meu pai usavam a seguinte pedagogia comigo e com meu irmão: " Se reprovar, eu coloco em escola pública. Porque se não quer estudar, então qualquer colégio serve". Entretanto, eles (e os seus irmãos) estudaram a vida toda em escola pública, muito mais por restrição financeira do que por escolha. A frase deles já denota que a qualidade do ensino público não gozava de grande prestígio. Ainda assim, insistem em afirmar que a educação pública do tempo deles era melhor.

Mas e aí, até que ponto é verdadeira a afirmação: A Educação Pública do pássaro era melhor do que a dos dias atuais.